O Peso Dos Graves Na Música

Quem não sabe quão é importante o acorde grave e pesado do contrabaixo numa banda. O que seria sem o baixo na música?

Sem dúvida, sem ele falta alguma coisa, ele encorpa a estrutura de uma grande banda que se presa dando mais presença harmônica.

O baixo tem características rítmicas melódicas, que pela sua intensidade e velocidade de tocar, casa muito bem com as batidas da bateria fazendo uma bela parceria.

Aliás, quem já toca baixo por algum tempo sabe muito bem qual a sua importância e função em uma banda.

 

O Baixo Passou Por Mudanças

O contrabaixo que conhecemos hoje, utilizado principalmente em bandas musicais, assim como outros instrumentos de cordas passaram por mudanças e aperfeiçoamento.

O baixo que era usado bastante em muitas bandas no final dos anos 40 e 50 e era enorme, quase do tamanho de quem tocava.

O seu transporte era um pouco complicado e tinha que ter muito cuidado com o instrumento por ser de madeira e pelo seu tamanho.

Tinha que ter um cuidado ainda maior, isso porque se usavam aviões, trens, navios e ônibus para transporta-las para fazer os espetáculos.

O contrabaixo acústico clássico é usado em muitos ritmos

Quem inventou o Contrabaixo Acústico?

Contrabaixo inventado por Gasparo da Salò com 3 cordas

 

A história do Contrabaixo é de longa data, surgiu no século XV, originalmente desenvolvido pelo luthier italiano Gasparo da Salò

Ele viveu entre 1540 a 1609 e seu primeiro contrabaixo tinha apenas três cordas friccionadas.

É um instrumento histórico, estamos falando mais ou menos 500 anos de história, foi popularizado e tornado mais conhecido pelo musico também italiano Domenico Dragonetti.

 

Domenico Dragonetti Difundiu o Contrabaixo

Ele foi o primeiro a introduzir o contrabaixo em suas composições e tornou-se influente no seu meio musical.

Isso possibilitou usar esse magnifico instrumento solista devido a sua longa experiência no contrabaixo.

Afinal de contas ele já tinha muita intimidade tocando o contrabaixo desde seu surgimento e conhecimento na Itália.

Continuou na Inglaterra onde mudou-se para tocar orquestra em Londres até sua morte em 1846.

 

O Contrabaixo Hoje é Bem Conhecido

Domenico Dragonetti morreu fazendo o que mais gostava e viveu em função da música.

Hoje esse instrumento é muito conhecido e pelo qual fez questão de introduzir numa orquestra.

Isso tornou o baixo popular na sua época, atualmente faz parte de quase todos ritmos que você conheça desde o Jazz ao Rock.

Agora, como e quando surgiu o Baixo Elétrico que nós conhecemos hoje?

 

Os Primeiros Baixos Elétricos

O baixo elétrico que conhecemos hoje já teve uma trajetória longa, alguns talvez não saibam, mas ela começou por volta da década de 1930.

Foi nesse mesmo período da década de 30 que começaram a surgir os primeiros instrumentos elétricos fabricadas em série.

Por exemplo, foi em 1932 que surgiu a primeira guitarra elétrica a Frying Pan patenteada por Adolph Rickenbacker e George D. Beauchamp.

A maioria dos fabricantes de instrumentos dessa época começaram a também desenvolver formas de eletrificar seus instrumentos.

Com a intensão de ligarem nos amplificadores para que muitos pudessem ouvir a uma distância relativa.

Nessa busca muitos que tinham conhecimento técnico de elétrica faziam diversos testes baseado principalmente no campo magnético.

Formado por bobinas que tanto os microfones como os alto-falantes já tinham esse princípio.

 

O Primeiro Baixo Elétrico Da História – Audiovox 736 Bass Fiddle

Muito antes de Leo Fender, o musico e inventor Paul Tutmarc foi o primeiro a desenvolver o baixo elétrico em sua forma moderna conhecida hoje, e isso foi em 1935.

A companhia de Tutmarc a Audiovox comercializava o baixo elétrico, modelo chamado de Audiovox 736 Bass Fiddle que tinha seu corpo solido com 4 cordas.

Esse modelo o Audiovox 736 Bass Fiddle é considerado o baixo elétrico mais antigo da história.

 

Primeiro Baixo Elétrico Audiovox 736 Bass Fiddle – 1936

Esse modelo de baixo elétrico feito por Tutmarc eram feitas na sua grande maioria sob encomenda.

Durante um determinado período foram feitas cerca de 100 desses modelos.

 

O Baixo Elétrico Ganha Uma Cara Nova

Seu protótipo era parecido com um violoncelo todo feito de madeira de pinho branco e era tocado na vertical.

Só em 1936 ganhou uma forma parecida com que conhecemos atualmente.

A Audiovox produziu também guitarra, banjo, ukulele entre outros instrumentos.

Tutmarc também tinha em seu catalogo um amplificador especificamente para baixo o Audiovox Modelo 936.

 

Amplificador Audiovox Modelo 936 – 1936

 

Nessa mesma época, ele reivindicou que a intensão real de seu projeto de usar este baixo elétrico, era para ser usado na horizontal.

Mas, como a maioria já sabe, houve um contrabaixo elétrico que sucedeu o Bass Fiddle tempos depois.

Esse instrumento se tornando então o baixo elétrico definitivo que mudou sua história.

 

Quem Inventou o Baixo Elétrico Definitivo

Foi em 1951 que Leo Fender um técnico em eletrônica revolucionou o mundo das notas graves criando o baixo elétrico “definitivo”.

Pois, esse foi o modelo que deu certo comercialmente e ganhou o formato que caracterizou o contrabaixo elétrico até hoje, concretizando sua história.

Com nome de Precision Bass, ficou rapidamente conhecido como Fender Bass.

 

Fender Precision Bass – 1951

Fender teve essa grande ideia de usar um corpo solido de madeira muito parecido com o que já era muito conhecido na época, a “guitarra”.

Mas, isso era bem diferente do modelo clássico do contrabaixo acústico, ele deixou o velho contrabaixo acústico grande usado na vertical para ser usada na horizontal.

Ela ficou na proporção dos instrumentos de cordas conhecidos com o violão, banjo, bandolim entre outros.

Leo Fender com sua Precison Bass em comparação com a de Paul Tutmarc e sua Bass Fiddle, é que a Fender conseguiu fazer seus contrabaixos em grande escala.

Isso meio que sufocou os modelos da Audiovox ficando em seu lugar de destaque ganhando notoriedade e mercado, estabelecendo sua história.

 

Vantagens Da Invenção Do Baixo Elétrico

Isso trouxe para os baixistas da época a versatilidade de uso, era mais leve e mais fácil de tocar.

Era mais fácil de levar para qualquer lugar pois era bastante portátil, bastando ter sua capa e levar nas mãos ou nas costas.

Assim como foi no caso da guitarra foi necessário ter um captador de som no seu corpo para amplificar seu som grave.

Para tirar o maior proveito possível e esse contrabaixo a princípio possuía apenas 4 cordas.

Com o crescimento do baixo elétrico, logo veio modelos de 5 e 6 cordas dando ao baixista amplo campo de escolha para seu instrumento.

Isso dá ao baixista fazer mais variações com 5 e 6 cordas, possibilitando o alcance estendido envolvendo cordas semelhantes às de uma guitarra.

Podemos dizer que essa integração é fantástica, fazendo da história do baixo ser amplamente reconhecida por muitos.

 

Fender Deluxe de 5 cordas

Qual a Diferença De Baixo Elétrico Com 4, 5 e 6 Cordas

A diferença está ligada muito ao ritmo que você vai executar, isso vai também da finalidade que você quer atingir e do gosto do baixista.

 

Baixo De 4 cordas

Fender Squier J-Bass 532

Seria o baixo normal, o que é mais usual nas bandas, ela basicamente tem um espaço maior entre as cordas que é ideal para quem quer fazer por exemplo o Slap.

Isso devido a facilidade de tocar as notas mais precisas e abafando as outras cordas com os dedos, o qual também ajuda você a ser até mais rápido na execução dos acordes.

Suas notas nas cordas são:1- Mi, 2- Lá, 3- Ré e 4- Sol

Que Tipo De Música Serve o Baixo De 4 Cordas

O baixo de 4 cordas é um coringa para muitos ritmos de musica que possa usar com certa tranquilidade.

Nesse caso do baixo 4 cordas para o slap é ideal, mas nada impede que você faça numa de 5 ou 6 cordas.

Porém terá um pouco de dificuldade para executar as notas pela diminuição dos espaços entre as cordas.

Mas, esse é desafio muito bom para quem quer aprender como tacar baixo.

 

Baixo De 5 Cordas

Fender Deluxe Jazz Bass 5 Cordas

O baixo de 5 cordas como foi dito antes o espaço entre as cordas diminui um pouco.

Ela possui as mesmas cordas como as 4 cordas, com a adição da quinta corda que muitos chamam de sizão, que é a nota mais grave e pesada das outras cordas.

A quinta corda mais grave a nota Si é muito utilizada em batidas mais pesadas tornando bem marcante quando tocada.

Suas notas nas cordas são: 1- Si 2- Mi, 3- Lá, 4- Ré e 5- Sol.

 

Que Tipo De Música Serve o Baixo De 5 Cordas

O baixo de 5 cordas é geralmente tocada em ritmos mais pesados como por exemplo gêneros do rock como heavy metal, punk entre outros.

Isso é devido ao impacto da corda da nota Si que causa um peso mais encorpados do graves.

 

Baixo De 6 Cordas

 

Contrabaixo Fender de 6 cordas

O baixo de 6 cordas tem algo mais peculiar, ele é mais flexível, isso porque além de ter as 5 cordas é acrescentado a sexta corda em Dó que é mais fina entre as cordas.

Essa flexibilidade é devido a possibilidade de fazer algumas técnicas que não seria viável numa de 4 cordas, se bem que o desafio é todo seu.

 

Que Tipo De Música Serve o Baixo De 6 Cordas

Nela pode ser feito o slap por exemplo, o tapping, além de tirar alguns acordes diferentes com outras cordas incluindo o Dó.

O baixo de 6 cordas é muito usado em ritmos com o Funk, Sertanejo, Soul entre muitos outros ritmos pela sua versatilidade.

 

Qual a Origem Do Nome Contrabaixo?

Essa é outra dúvida de muitos, porque “contra” baixo?

Visto que estamos falando de notas ou frequências baixas, isso está ligado diretamente com canto de vozes humanas.

Ela se origina do contracanto que é a melodia secundária, que serve de acompanhamento em relação à melodia principal.

Ou seja, a melodia principal vai ser mais aguda e o contracanto que seria o oposto vai ser a melodia mais grave ou baixo.

Isso indica a parte mais grave do som original, assim o nome de “contrabaixo”.

Seria o oposto entre os tipos de voz feminina do “contralto” que é uma voz mais baixo e pesado e o masculino tipo de voz “baixo” que é mais grave.

 

Quais Frequências Um Baixo Pode Chegar?

Só para se ter uma ideia a voz humana atinge frequências entre 50 a 500 hertz, mas o instrumento contrabaixo atinge mais ou menos 20 a 500 hertz.

Dessa forma, ele é mais grave ou mais baixo do que a voz humana pode atingir como no caso um cantor Barítono ou um Baixo no caso da voz.

Por isso que o instrumento é chamado de contrabaixo que o oposto da nota mais alta.

“Contra” de contracanto e “baixo” indicando a região ou frequência que se realizará dentro da melodia.

 

O Baixo Tem Seu Lugar Na Música

Percebeu como o baixo mudou muito nas ultimas décadas, ela foi desenvolvida a principio no século XV e teve um aperfeiçoamento moderno.

Apesar de ter sido usado bastante na musica clássica, ela foi introduzida em muitos ritmos e só começou ter um visual mais parecido com os baixos de hoje só na década de 30.

Com certeza seu grande diferencial, foi que o baixo passou a ser elétrico e mais versátil, além de conseguir toca-la na posição horizontal como os outros instrumentos.

O baixo também marca sua história como um dos instrumentos mais tocados do mundo e que consagrou alguns dos melhores baixistas da história.

Então, você já sabe qual a importância de um baixista em uma banda?